segunda-feira, janeiro 16, 2006

"Torê Kong!"


Como eu esperava, o novo "King Kong" não é um filme por aí além! Mas quando se tem um bilhete de graça e se é "bombardeado" com publicidade do filme, abalamos para a sala!
É realizado, por um director muito capaz e criativo-Peter Jackson, que bem melhor mostrava as suas capacidades quando disponha de meios económicos mais limitados.
Para já, não me agradou nada que o trailer contivesse cenas que não estão incluídas no filme, quanto a isso, à realizadores que concordam outros que não.Eu pessoalmente, discordo totalmente ,pois se o filme não contém cenas que havíamos visto no trailer, considero uma forma de publicidade enganosa.
Mas que se pode esperar de uma história de um gorila enorme e de uma loura? Penso que não se pode esperar muito.Também não é fácil adensar dramaticamente/psicologicamente uma "estória" entre uma bela e uma besta que não fala...Mas este era um velho sonho do realizador neo-zelandês.
O filme é demasiadamente longo.A reconstituição socio-histórica parece-me boa, a banda sonora não é grandiosa;não me interpretem mal, tecnicamente o filme está bem executado! O grande gorila está realista,mas mais quando está imóvel! Nota-se que estudaram bem os tiques e comportamentos dos gorilas.E, os olhos: estão expressivos!
Porquê tantos dinossauros no filme? Bem sei que era preciso acção, mas está em demasia.Será que Peter Jackson queria mostrar a Spielberg que também sabe filmar dinosssauros?!As sequências que apreciei mais foram as na urbe....O melhor plano do filme é quando Naomi Watts surge no meio da estrada em plena NY, um plano simétrico (com os carros em perspectiva) e algum fumo clássico mas que resulta.Os planos de NY, cheia de luzes e cores à noite também estão visualmente muito graciosos.
Jack Black está bem como o arrivista, realizador de filmes, Naomi Watts está bonita e lembra por vezes a fisionomia de Nicole Kidman, Brody está OK.O relacionamento entre o marinheiro Hayes (Ewan Parke) e Jimmy (Jamie Bell-o rapaz de "Billy Elliot") parece-me forçado e demasiadamente politicamente correcta.Curioso como a tripulação do barco parece nunca mais acabar, no princípio parecem poucos, mas com o decorrer do filme, vão aparecendo e morrendo continuamente.
No fim, Carl Denham (Jack Black) deparando-se com o enorme macaco morto em plena rua de NY, afirma: " a Beleza matou a besta".Na verdade, não foi, na verdade quem matou a besta foi o próprio Carl Denham com a sua imoral ambição.

1 comentário:

Anónimo disse...

Gostei de ler sobre o mais famoso gorila do Cinema, MAS... não concordei com tudo!... acho até que foste muito injusto com aquele que um dia possivelmente "ficará no lugar" do Spielberg... (já não há necessidade de se ser norte-americano ou descendente de judeus para se conseguir fazer bom Cinema Fantástico ou bom Cinema de Entretenimento ou um bom PopCornMovie!...)
No entanto, apesar de toda a "evolução tecnológica pixeliana" vou continuar a preferir a velhinha mas original (e melhor versão) de 1933, com a bonita actriz Fay Wray ... que, curiosamente, contracenava pela Universal entre 1926 e 1928, passando depois para a grande Paramount (já em 1928) onde viria a ser escolhida, a dedo, para o famoso "The First Kiss" juntamente com o então jovem galã e já muito talentoso Gary Cooper... depois de 1931 começa a contracenar noutras Produtoras como Warner Bros, Columbia, Fox, RKO (sim, a Produtora desse King Kong de 1933), a britânica GB, MGM, entre outras... incluindo uma serie televisiva já em 1980!... mas que não me lembro do nome... e ainda queres outra curiosidade?... nesse mesmo ano de 1933 além dela ter sido escolhida pela RKO para interpretar Ann Darrow no King Kong foi tambem ela a actriz principal no primeiro "Mystery of The Wax Museum" (produzido pela gigante Warner Bros)... surpreendente?!... grandes divas!