quarta-feira, julho 05, 2006

Dia de São Ricardo


Nunca mais dizer mal do Ricardo, é o que me apetece dizer! O homem merece ser condecorado ! É verdade, eu disse mal do Ricardo, mas agora tenho que reconhecer que o "balizeiro" de Montijo tem queda para os grandes momentos !
Incrível como defendeu 3 penalties e a concentração (repararam só na expressão dele?) que demonstrou ainda antes das mesmas grandes penalidades. Ficará para a história dos campeonatos mudiais! Parabéns a ele, e obrigado x 10.000.000 !
O jogo propriamente dito, teve mais pendor para o lado luso. Embora as equipas se tenham equivalido na forma como estavam organizadas.
A Arena de Gelsenkirchen provou ser um estádio talismã para nós portugueses!
Não quero deixar esta oportunidade passar de escrever aqui bem claro que Wayne Rooney é um jogador sebento, reles, com cara de porco cheio de raiva! Ainda mais estúpido, por não se aperceber que o árbitro estava mesmo atrás de si quando cometeu a barbaridade que cometeu acrescida de um empurrão ao seu colega de equipa Cristiano Ronaldo.
Lá mandamos a arrogante "velha albion" para casa, assim como a Holanda, agora só falta os sabichões dos Francius!

segunda-feira, julho 03, 2006

A batalha de Nuremberga

Se alguém ainda tem dúvidas que os jogos de futebol de hoje em dia são as batalhas que os países tinham entre si, no passado, então não viu o jogo de ontem!
A Holanda, essa nação com quem tivemos conflictos no nosso passado, entrou em campo, cheia de raiva e frustração devido aos últimos resultados que tiveram connosco dentro das 4 linhas (Euro'04, qualificação para o Mundial '02).
A entrada maldosa de Boulahrouz sobre Cristiano Ronaldo, foi nitidamente uma agressão com vista a inutilizar o "andorinha".
O árbitro aparte desse erro de não ter expulso o jogador neerlandês, até nem começou mal. Mas depois perdeu completamente o controlo do jogo.
Pela enésima vez, não enchemos o campo com futebol bonito, mas verdade seja dita, os jogadores tiveram uma grande capacidade de sacrifício e espírito de grupo. Aliados obviamente a uma boa organização e disciplina táctica, onde obviamente Scolari tem o seu mérito. Penso que o treinador da selecção nacional teve bem nas substituições. Pauleta não fez nada, nem iria fazer com certeza, visto que o açoriano é um caso de "estar em dia sim ou estar em dia não" , e mais nada poder se fazer quanto a isso.
Costinha foi "burro" e imaturo, pondo a equipa todo em risco com a sua mãozinha desnecessária. Já não é a primeira, nem segunda, vez que recorre a faltas completamente desnecessárias (algumas delas no meio-campo adversário). Cristiano Ronaldo, teve azar, mas também não é preciso esperar que o mundo tenha toda a atenção para ele! Deixe-se de choraminguices! Valha-nos Maniche, o único homem no futebol português que remata! E, claro está Ricardo Carvalho, o pronto-socorro, o "bombeiro", o super-defesa que está sempre na altura certa no lugar certo. Se não fosse ele, a Holanda teria marcado num determinado lance.
Tivemos muita sorte! Mas essa parece ser uma característica desta equipa, nesse aspecto admito que a Scolari deve ter mesmo algum pacto com a Nª.Srª. do Caravaggio !!! Cruzes credo !!!
Van Basten ainda teve a insolência de afirmar que nós fomos teatrais, Ahaha! Consegue ver o cisco no olho dos outros mas não a trave à sua frente!
Os holandeses foram holandeses...

Domínio ...em golos...

2-1 ! Vitória,3 pontos! O que leva as outras equipas a nos respeitarem mais. Contudo, não gostei da forma como a selecção foi dominada por uma equipa que estava com menos 1 elemento em campo (se tiverem dúvidas, olhem para as estatísticas) . E, que bom foi que ele (Bravo) tivesse falhado o penalty.
Maniche marcou, algo que nunca duvidei, pois Maniche é um grande jogador e merece estar neste lote, como eu sempre advoguei.
Postiga não jogou nada, quando é que Scolari vai perceber que o Hélder não é goleador, mas sim jogador para desgastar defesa ajudando ponta-de-lança.
Esta equipa mexicana foi deveras irritante e "queixinhas", provavelmente não têm feito a "siesta".
Agora que venham outros, mas é preciso jogar melhor!


quarta-feira, junho 21, 2006

Tugas 2 Ayatollahs 0



Jogámos melhor do que anterior jogo. Cristiano teve melhor. Figo sofreu falta escandalosa (sem repreensão!). Deco mostrou a sua magia. Irão teve as suas oportunidades. Árbitro francês foi mauzinho. Continuo a não gramar Scolari...

sexta-feira, junho 16, 2006

A gestão de resultado por Luis Felipe Scolari contra a Poderosa Angola


Bem,lá ganhámos...É verdade, mas esta selecção não me convence. Marcámos logo bem cedo, porque os angolanos entraram nervosos.
Achei fantástico o "seu" Scolari, meter o Costinha para defender o resultado contra a poderosa Angola! Que por sua vez (à conta da contenção lusa) ganhava cada vez mais ascendente até ao final do jogo.
O Figo mostrou que ainda é um grande senhor do futebol e o VERDADEIRO craque português, ao contrário daquele puto imaturo e exibicionista chamado Cristiano Ronaldo. Continua a não passar a bola, e armar-se em vedeta! O Figo com 21 anos não se portava assim, e nunca pôs o interesse individual acima do colectivo, foi isso que o tornou um dia, o melhor jogador mundial.
O Simão, já nem sei o que dizer! Será que sou o único que vejo que ele não tem categoria internacional?! O homem não tem poder de choque, não tem estampa física para competições internacionais.
O Maniche, entrou e criou perigo como é seu apanágio, bem o haja! O único português que remata fora de área!
Também penso que o Tiago devia ter saído mais cedo, pois o jogo não lhe correu de feição.
Enfim foi um jogo sem sal nem pimenta, para não recorrer a outras palavras mais chocantes.
Uma última nota de registo, parece que o nossos querido povo irmão brasileiro "torceu" por Angola! Com "irmãos" desses...
Agora veremos como é com o Irão.Se irão jogar bem ou não !....





segunda-feira, junho 12, 2006

Festival Intercontinental de Bola XVIII



Aí está o "Mundial" de futebol ! A maior festa da 10ª arte ! A época em que a sociedade torna-se "bolocêntrica".
O 1º "Mundial" que vi foi o do "México 86", recordo-me da repetitiva música, do mascote "Pique", do golo do Carlos Manuel, do maldito Smolarek, e das "bujardas" de Marrocos, entre muitas outras coisas...
Que seja um grande mundial, melhor que o anterior! Que fique para a história, pelas "estórias", pelos golaços, pelas jogadas plásticas, pelas figuras malucas.
Viva ao Futebol ! Viva ao Mundial !

ps- Pus aqui o poster do 1º Mundial de Uruguai 1930, porque é para mim o "poster" mais bonito de todos os mundiais.

domingo, junho 04, 2006


Com 6 nomeações para os "Oscares"- 2 delas nas categorias que me interessam particularmente: Fotografia e Direcção Artística, e imensos prémios em vários Festivais, fui com naturalidade assistir ao recente filme realizado por George Clooney.
A fotografia , aqui pela óptica de Robert Elswit (o mesmo de "Boogie Nights" ou "Magnolia") é interessante, sem encher o "olho". Quase toda a acção foi rodada no estúdio televisivo, com muito fumo. Devo dizer que nunca vi um filme tão tabagista como este! Quase todos os protagonistas fumavam a todo o tempo, o que até é eficaz quando a luz é bem usada, como é o caso neste preto-e-branco. O filme tem coerência estilística, e isso é de saudar. O design daquela década está lá.
Infelizmente, só numa nota à parte, tive a infelicidade, de visionar uma cópia já bem gasta (com riscos), esta que apresentaram no cinema. O som ainda pior. Mas pronto, antes ver o filme assim do que não chegar à R.A.M. !
David Strathairn obviamente que "rouba" o filme aos outros demais actores, pela própria narrativa que centra-se no "pivot" televisivo que desafia o sistema político vigente daquela epoca-50's nos E.U.A. Sem histrionias, é um registo sério, como o papel exigia.
Este é um filme obviamente, com um tema bastante americano, que a eles lhes diz mais do que a nós. No entanto, ficamos assim a conhecer melhor um importante momento histórico-político de um país supostamente democrático que perseguiu os comunistas. As imagens de arquivo do senador McCarthy Que fique bem claro que não sou comunista! :)
E, como este blog, é o espelho do meu espírito crítico e não de outros críticos de cinema (aqueles que muitas vezes , dizem mal dos bons filmes e dizem bem dos filmes insossos). Não me levarei pela crítica em geral, e não o coloco num alto pedestal. É natural, que o filme tenha sido sobrevalorizado pelo conteúdo político , pelo realizador, e pelo momento que os E.U.A. atravessa.
Não escrevo , nem digo que este filme seja uma obra fabulosa. É no entanto, um bom documento "estilizado" , com bons actores , mas acho que justifica-se mais na categoria de telefilme.





quinta-feira, maio 18, 2006

CONVOQUEM O Cristiano Ronaldo para o Euro sub 21 !!!


É isso mesmo, convoquem a melhor equipa possível para o Europeu de sub-21! Temos que ganhar o EURO SUB-21 ! O máximo a que uma nação, jogador, treinador aspira !
Afinal andei anos e anos enganado, cresci vendo os Mundiais, pensando que aquele evento era a montra dos melhores jogadores do planeta, e que levantar a taça da FIFA, era o sonho de muitos jogadores! Afinal ainda bem que abri os olhos graças a "Seu" Scolari!
O que nós queremos agora é o EURO SUB 21 ! Quero lá saber de Mundiais ! "seu" Scolari, ensinou-nos a " lei hierárquica" do seleccionador A, que é o "chefão" (fascista) que tá acima de tudo e todos, mas que o mais importante é ganharmos um torneiozito de jogadores mais jovens. Lógico?!
Realmente a estupidez não tem limites! A prova tá em "seu" Scolari!
Aquele simpático treinador que ganha 35 mil contos mês, para fazer um jogo por mês.
Aquele "cara"/careca que só mudou o seu sistema errado quando perdeu com a Grécia no 1º jogo do Euro, e que depois na final voltou a perder com a mesma congénere, em casa ! Fantástico!
Esta é em minha opinião a pior convocatória de sempre !
Vejamos alguns casos:

Ricardo - O Rei dos frangos, quanto mais frangos dá, mais fica com o lugar consolidado.
Quim- Mal jogou no slb esta época, nem nunca me convenceu...O Moreira é melhor.
Nuno Valente- Quantos jogos fez pelo Everton esta época?
Ricardo Costa- Prefiro o Pedro Emanuel...
Costinha- Não joga hà meio-ano ! Mas é amigo de Scolari !
Hugo Viana- Um dos maiores "bluffs" do futebol português, nem é titular do Valência.
Boa Morte- Nunca o vi, a fazer algo de fantástico na selecção
Simão- Não tem categoria internacional é bom jogador para liga nacional, idem de acima. Além de ter sofrido lesão grave.

Paulo Santos, Moutinho, Miguelito e QUARESMA ! Fizeram grandes épocas, mas isso não conta para nada! Coitados!
PORTUGAL PRECISA DE APOSTAR EM JOGADORES QUE FAÇAM A DIFERENÇA, NUM LANCE, NUM DRIBLE, NUM "TOQUE DE MAGIA", essa é uma das virtudes do futebolista português.ESSE É UM DOS NOSSOS TRUNFOS! Temos o Figo, o Cristiano Ronaldo e o QUARESMA!
Quaresma é um grande jogador, e daqui a uns anos será escandaloso, olhar para trás e constatar que não teve no mundial de 2006! O argumento da maturidade para a sua exclusão não é válido por 2 simples razões: a) Quando o jogador é "grande" não se olha ao BI, b)
Quaresma amadureceu muito este ano com Co Adriaanse!
É caso para dizer: Cristiano Ronaldo, agradece não seres jogador do FCP! (para bom entendedor)

ps- Só mais uma "coisinha", o sr.Madaíl que faça um favor a 10 milhões de pessoas, e demita-se do cargo depois do mundial! Mais uma vez mostrou não ter capacidade de liderança (veja-se altercação A.Oliveira x Scolari)

segunda-feira, maio 15, 2006

Mais um Caneco !


E venha daí mais um caneco!
A 13ª taça de Portugal e consequente 5ª dobradinha.
Quem diria que o teimoso holandês ficaria na galeria dos poucos treinadores históricos do FCP , que conquistam a dobradinha?
Não gostei muito do jogo. Mas o que importa é ganhar !
O Quaresma não se deixou influenciar pela "Scolarice" recente, tema que merece outro post, ainda espero pelas 20 h de hoje...
Cá está a imagem da alegria dos campeões, dos vencedores ! Obrigado FCP !

Missao: Humanizar Ethan


J.J.Abrams, homem em "alta" nos EUA, homem da TV , foi o convidado para completar a franchise da MI. Sinceramente, não sei se não terei efectivamente preferido o 2º filme. Mas para emitir melhor opinião, teria que o rever. Não gostei foi do 1º! Mas isso já foi a algum tempo, e também não sabia "ler" um filme por essa altura...
Voltando ao filme propriamente dito, fiquei decepcionado no início, com os créditos iniciais, esperava algo com acção adequado à famosa música. O que apanhamos é pura e simplesmente os respectivos nomes. Como diz Martin Scorsese , o genérico é bastante importante e lança o tom. Aliás, o próprio filme prescinde do famoso tema da série, penso que JJA quis remodelar completamente o conceito do filme...Com vantages e desvantagens.
A melhor secção do filme é na minha humilde opinião, a do rapto a Owen Davian (Hoffman) no Vaticano, embora como se saiba não tenha sido realmente filmada lá. É a parte do filme, em que se consegue tirar melhor partido do espírito da equipa, dos gadgets (que são deleitosos! Rói-te de inveja Bond ! :) . Mas também existe um "plano" em que o meu carro de sonho é explodido: o Lamborghini Murcielago ! Isso não se faz !!! :)
Este realizador quis claramente dar outra face ao agente Ethan Hunt (Cruise), mais humana, mais sensível, mais "gajo que leva vida normal", exceptuando o seu trabalho!.. E, para isso recorre muito a grandes planos onde se vêem os olhos lacrimosos, as "falinhas" românticas, a conversas pessoais em pleno trabalho (o que eu achei mal, recorde-se as conversas de Luther (Ving Rhames) com Ethan sobre a sua vida amorosa).
Hoffman está bem como o vilão, mas depois do que vi escrito, esperava uma interpretação fabulosa. É uma boa interpretação, não me levem a mal! Aliás, também partilho da opinião que P.S. Hoffmann é um grande actor.
Atenção a Maggie Q (Zhen) uma mulher bonita (verdadeiro cocktail genético, descobri que é Polaca-Irlandesa-Vietnamita-Americana)!
O final tem as suas reviravoltas e supresas, o realizador não foi capaz de "assassinar" a Julia (Michelle Monaghan)-querida de Ethan, o que teria óbvias quebras no box-office, mesmo que por momentos pensemos que ela realmente tenha morrido.
A morte do vilão tem a sua piada , originalidade e rapidez !
Filme de acção ,de entretenimento, para ver com pipoca e arrotar Coca-Cola! :)

segunda-feira, maio 08, 2006

Giaccomo onde tás?


Não foi certamente, o que eu, e aposto que muitos mais estavam à espera do novo "Casanova" de Lasse Halstrom. Lasse que refira-se, é até um realizador bem cotado no mercado artístico e comercial.
O filme de biográfico em relação ao maior amante de todos os tempos, tem pouco. Esta nova versão é uma comédia a puxar para o "burlesco". Comédia com alguns momentos de situações físicas caricatas, mas nunca se tornando uma comédia de culto, longe disso!...
O facto de o personagem principal ser Giaccomo Casanova é indiferente, podia ser perfeitamente outro qualquer veneziano daquele tempo. Onde está o Casanova que todos nós sabemos: culto, falador, boémio?
Heath Ledger não está à dimensão de uma "lenda" como Casanova, mas aí o argumento também tem culpas. Saliento o (iraniano!) Omid Djalikli no papel de Lupo, o ajudante de Casanova. Apesar de chegado a uma certa altura do filme, em que desaparece. Sienna Miller, preferimo-la loura com certeza, assim, não sei explicar porquê, mas perde beleza! Ainda aparece um Oliver Platt perfeitamente destinado como o "rei da banha". E, Jeremy Irons pela enésima vez volta num papel para personagem de "época", cumpre.
O argumento é simples ainda que contenha "trocas e baldrocas" de nomes e indivíduos.
A direcção artística e guarda-fato estão primorosas, verdade seja dita! Conseguimos entrar na Veneza do séc.XVIII, o que é um regalo para os olhos. A música como se esperava é da altura (não?) .
É um "filmezinho" para entreter com algumas risaditas, que apropria-se (desonradamente) do nome duma personalidade histórica e para criar uma aventura rocambolesca.
Quando se vê filmes assim até é fácil escrever uma crítica :)
Estou 99,9 % certo que a outra versão de Federico Fellini é muitíssimo melhor e que faz jus ao estatuto do seu realizador assim como do famoso retratado.

domingo, maio 07, 2006

A inflitração de Spike



E, pronto nem é preciso confirmar-se o que já é óbvio: Spike Lee é indubitavelmente um dos melhores realizadores actuais. No entanto, injustamente ainda não foi lhe reconhecido o justo valor que tem, assim como Martin Scorsese, só para citar um exemplo. Enfim, não caem no goto do mainstream "Hollywoodiano".
Não estou a referir-me concretamente a este filme, pois Spike dispõe de melhores filmes que este último "Inside Man". Este "Infiltrado" é uma nova jogada na carreira de Spike, optando por um tipo de filme, mais virado para o entretenimento. No entanto, quem reparar e conhecer bem a obra de Spike, sabe que estão lá muitas das marcas do seu cinema de "auteur".
O sub-contexto racial: o sikh que é confundido como árabe (situação que acontece ainda no mundo corrente) e prontamente apontado pelo pelo polícia; a conversa do italo-americano polícia sobre os "spics" (termo pejorativo para hispânicos); o comentário do detective Keith Frazier (Denzel Washington) sobre a "empertigada branca" Madeline White (Jodie Foster); e a ganância imoral do milionário judeu Arthur Case (Christopher Plummer).
Os "planos" fotográficos e arquitectónicos da querida Nova Iorque de Spike Lee.
Um tipo de "travelling" "sui generis", que já havia visto em "Clockers", em que o personagem (neste caso o detective) está parado mas move-se (o actor provavelmente está em cima do charriot).
O filme é de 2 horas, mas nem se nota! O que é bom sinal ! Existem muito flashbacks que prevêem o final que acaba por ser surpreendente.
Além de das excelentes interpretações (com um grande naipe de actores: Washington, Foster, Dafoe, Owen, Plummer) , há sempre o estilo visual do realizador que confere uma estética agradável, e ainda tem pitadas de humor, algumas bastante graciosas!
Denzel Washington oferece-nos realmente uma grande interpretação, perfeitamente enquadrado na personalidade do personagem.
O filme tem os seus componentes não tão bons: existem algumas implausibilidades em termos de argumento em todo o desenrolar da história- os polícias nem se deram ao trabalho de revistar o banco depois do assalto; a forma como Russell (Owen) sai do banco ileso; a facilidade com que Madeline (J.Foster) entra em negociações com o bandido,etc... Contudo se formos por aí, o cinema deixa de ser fantasia e imaginação e perdia a piada!
No cômputo geral, gostei bastante e aconselha-se , mas aconselho ainda mais os outros filmes de Spike Lee!

segunda-feira, maio 01, 2006

A pensão eslovaca


Depois da "Cabana do medo" (Cabin Fever) que eu até gostei (!), Eli Roth volta com este "Hostel". Não há muito a dizer sobre este filme que pretendia com o seu trailer e toda a sua publicidade se assumir como um filme verdadeiramente-choque! Ainda mais com um nome tão prestigiado como Tarantino associado à equipa de produção. Acho que o Quentin deve ter ficado arrependido de se ter ligado a este novo filme.
"Hostel" é a história de 2 rapazes (ultra)americanos, e 1 islandês que na boa tradição americana de "backpacking" viajam pela Europa, saltitando de país em país, à procura de divertimento (leia-se gajas, droga, noite). Começando o filme em Amesterdão (tinha que ser! obsessão que eles tem por aquela cidade), os rapazes divertem-se no "Red light district". Ao fim da noite conhecem um individuo do leste da Europa, que lhes aconselha a viajar até a Eslováquia, lugar onde pretensamente seria mais fácil conseguir "sneepur" (clitóris em islandês-como o Oli jocosamente declama).
E, lá vão eles para a Eslováquia cheios de vontade e esperança, ainda no comboio conhecem um misterioso homem que come com as mãos (que depois reencontram)... Chegados à pequena localidade eslovaca, e à famosa pensão são imediatamente seduzidos por 2 sensuais eslovacas. Acabam por sair com elas e, no final da noite, um deles (Oli) desaparece.
E, por estranho que pareça, o melhor do filme (e não devia sê-lo) é toda esta parte do divertimento que eles tem na noite, porque efectivamente, o filme até de terror tem pouco, em termos de quantidade filmica!
O que assistimos depois, é a execução contínua de cada um até chegar ao ultimo (Jay Paxton) interpretado por Jay Hernandez que consegue fugir e vingar-se, e ainda tem tempo para salvar uma japonesa(que acaba por se suicidar). A pensão afinal não era mais do que, um local de angariação de vítimas para um clube secreto de tortura, onde os membros pagavam altas quantias para dispor de um humano para sacrificar da forma que quisessem.
Fica-se com a sensação que o filme não corresponde às expectativas, porque: o início,a apresentação demora algum tempo e de terror em si há pouco. Existe contudo um plano bastante impressionável (e admito que queria olhar e não queria olhar ao mesmo tempo), escusado será dizer que envolvia um olho. Mas acho o plano exagerado, e penso que foi só com a ideia de "chocar".
A nível de interpretações, quem mais se destaca é um "tarado"-numa intervenção curta,por sinal- (Rick Hoffman), cliente, e secreto torturador que fala de tal modo entusiasmado, doentio sobre aquelas sádicas práticas.
Gostei de alguns "cenários": a própria pequena cidade, e o edifício abandonado onde se cometiam os tormentos. Este especialmente, um local com potencialidades fotográficas !
Enfim, é um filme que desilude a meu ver e que provavelmente terá enfurecido os eslovacos pela imagem que dá do país. Não conheço o país, mas quero conhecê-lo (não pelo filme LOL), não sei como é, mas lá que a imagem não é simpática lá isso não é.
No entanto, se calhar este filme relembra-nos quão mórbido e desequilibrado , o nosso mundo pode ser. Porque existem sub-mundos que não conhecemos e que superam as nossas piores expectativas.

Campeões ! Campeones! Champions!


O post podia ser mais actual, mas visto ontem ter sido a festa no dragão; e ainda mais,que o sentimento ainda está presente. Apetece sempre dizer: "Somos Campeões!"
Parabéns a todos os jogadores, presidente e toda equipa técnica, e apesar de tudo em especial na pessoa do Co Adriaanse, que lá conseguiu o desejado título com o seu peculiar e teimoso sistema de jogo.
As minhas preocupações serão na próxima época, como iremos enfrentar os grandes clubes da Europa só com 3 defesas? Alguém se esquece quão fraca foi a participação do FCP este ano na Europa? Espero que as minhas dúvidas não se confirmem, e que o FCP faça uma "figura" digna do seu estatuto na Liga dos Campeões vindoura.
Mas, que importa agora é saborear o título, foram 9 meses de luta, sangue, suor e lágrimas e aturar as habituais provocações dos clubes da 2ª circular:Os "ladrades" de Paulo Bento ou o "pintalrar" de Koeman! Eles que se calem agora!
Penso que é de todo inegável que o FCP foi superior a todos os demais: marcou + golos, sofreu - golos, e perdeu - jogos. Bem sei que não foi um título fabuloso, mas ainda assim fomos os "melhorzinhos"!
Dá prazer ser Portista, VIVA AO FC PORTO !

quarta-feira, abril 05, 2006

v de volatil


É o título (acima) que apetece-me pôr para denominar este produto saído das mãos dos irmãos Wanchowsky.
No início, é relembrado Guy Fawkes, um tal de pseudo-terrorista inglês do séc.XVII que pretendia explodir com o parlamento inglês.Não chegarei tão longe a dizer que o dito cujo esteja a dar voltas na campa por causa deste filmezinho, porque o "rapaz" já é "ar"! Duvido muito que ele , um católico assumido se auto-revesse nesta "estória"...
Depois deste preâmbulo histórico, assistimos à entrada de cena de "V", o herói de peruca rídicula (digna de clube de travesti) que oferece-nos uma Verborreia Verbal Vislumbrosa ! Devo dizer, que até foi um momento feliz do filme, "V" constrói umas frasezinhas todas começadas pela letra V quando salva a frágil Every (Natalie Portman) de uma agressão por parte de 2 homens.
"V" é um intelectual, terrorista que pretende acabar com uma ditadura moralista que comanda a Inglaterra no séc.XXI. Foi preso e ficou queimado no passado por isso decide vingar-se.
"V for Vendetta" é o filme mais pró-terrorista, mais politico-sexualmente correcto, mais pseudo-libertário que vi até hoje.Não se justifica uma "peça" destas nos dias que correm, bem sei que o filme é baseado na BD que foi escrita nos anos '80, na era da "dama-de-ferro".Mas hoje em dia, à luz de 2006 "soa" a lamechice injustificada.Muitos dos direitos reivindicados por minorias já foram conseguidos nos dias que correm...
O filme atinge o ponto mais baixo, quando um amigo de V, interpretado por Stephen Fry, na sua secreta sala que possui em casa, onde tem peças "censuradas" pelo sistema; aparece o Corão! Sim, supostamente o Corão naquela sociedade fascista-cristã era proibido !
Nunca aconteceu tal coisa, nem nunca acontecerá na nossa avançada civilização ocidental! O mesmo já não posso dizer ao contrário de outras sociedades mais remotas...A Europa pelo contrário (incluindo a Inglaterra) tem recebido imensos muçulmanos ao longo dos últimos anos.
Acho péssimo buscar o Islamismo para um filme que se assume como pró-terrorista!
O filme perde imenso tempo na tortura de Every (Portman) cometida pelo próprio "V" ! Que desse modo quer fazer-lhe passar a ideia de sofrimento, repressão logo dando mais valor à liberdade! É por essa altura que Natalie rapa o cabelo e sabe da "estória" babosa de uma heroína que tinha sido reprimida pelo poder político instituído.Outro ponto bem baixo do filme...
E, perguntam-me que é que o filme tem de bom? A interpretação do Stephen Rea (como agente policial), a sequência do dominó (fantasticamente filmada e montada com imagens paralelas de revolta social), e ainda o pormenor dos "rastos" visuais das facas usadas pelo V aquando das suas lutas.
Há ainda uma sequência ousada e original, que é a explosão da "casa dos comuns" (Westminster Palace-parlamento inglês)! A parte preferida do filme para o Bin Laden com certeza :) Essa sequência, como grito anárquico contra o despotismo, feudalismo, hipocrisia política aplaudo ,mas por outro lado já não aplaudo, quando se atenta como símbolo da democracia ocidental.
No fim, a liberdade é conseguida e o sistema cai para gáudio de milhares de pessoas vestidas de "V" (tal como Guy Fawkes).

quinta-feira, março 23, 2006

Jamor aqui vamos!


E, o FCP tá na final ! A carruagem "azul e branca" passa e o cão Paulo Bento ladra!
Bem sei, que o Baía fez uma grande exibição com 3 grandes defesas e isso é demonstrativo que o Sporting teve grandes oportunidades de golo.Mas o FCP não jogou mal, e passa com todo o mérito à final da taça de Portugal.
Lamentável mais uma vez a atitude Paulo Bento no seu tom de voz bronco: mau-perdedor , faccioso e mentiroso.Era melhor ter continuado como jogador!
Adriaanse, vá lá que ganhaste um "clássico", mas na verdade não ganhaste! Pois o resultado oficial é um empate após os 90 minutos.Agora peço-te Co , é que ganhes mas é no " lagarteiro" !
Vamos lá, quero uma dobradinha à FCP !

Match point


Woody Allen volta pela enésima vez, e ao contrário do que se tem dito por aí, não considero um filme fabuloso, nem dos melhores dos que ele fez.
Desta vez rodando em Londres (deixando NY!) com o apoio da BBC, Allen mostra-nos variadas partes de Londres e isso é um dos pontos a favor do filme.Sem ser no entanto, algo espectacularmente visual antes pelo contrário, não é um filme criativo a nível de imagem.
Mas como isso não é o que costuma marcar os filmes de Allen, adiante! E, então os famosos diálogos de Allen? Longe vão os tempos de "Annie Hall"! "MatchPoint", que eu me recorde só tem 1 ou 2 piadas intelectuais à "la" Allen!
O melhor do filme, é mesmo o conceito de sorte que o protagonista principal aqui representado por Jonathan Rhys-Meyers (que parece por vezes Joaquin Phoenix), explica com a teoria da bola de ténis que bate na rede, tanto pode cair para um lado como para outro, ditando a derrota ou a vitória.Essa metáfora, é o princípio e o fim do filme.E o fim, acaba de maneira humorística pegando nessa teoria, mas não é o suficiente para chegarmos ao ponto de dizer que todo o filme é obra-prima!
E, pelos vistos a bola cai sempre para o lado da vitória do protagonista, que conhece as pessoas certas no lugar certo no momento certo.Mas a verdade é que este Chris Wilton, é um escroque arrivista vindo da Irlanda sedento de subir a todo o custo na elitista sociedade londrina.
A duração do filme é longa acompanhada por uma ópera melancólica com "riscos de vinil", mas até vê-se bem, as representações são boas, como a Scarlett Johansson! :)
Destaco a representação de Brian Cox, no papel sogro do anti-herói do filme, assumindo o papel de patriarca, rico, britânico da alta-sociedade londrina, com um distinto "royal accent"! E de Emily Mortimer no papel de mulher "encornada", bondosa, feliz e ingénua.
Finalizando, Woody Allen arrisca mudando, mas fico com a sensação que a mudança podia ser melhor ou pelo menos eu esperava...

quarta-feira, março 15, 2006

As Flores perdidas de Don Johnston


Crítica de "Broken Flowers" de Jim Jarmusch, um dos realizadores independentes mais conceituados, vencedor do prémio do Júri-2005, não confundir com a "Palma d'Ouro".
Filme nitidamente de cariz independente, pelo seu ritmo (atente-se na sequência inicial do percurso da carta), é agradável de se seguir sem ser uma "obra-prima".Achei particularmente piada ao estilo de Don com o seu fato-de-treino Fred Perry, muito 80's! A cena com mais piada é quando Don fala com o seu vizinho ( estando tão próximos um do outro) mas por telemóvel.Será uma crítica aos tempos modernos?
O protagonista principal chama-se Don Johnston, nome comicamente bem escolhido pois é de uma adaptação de "Don Juan" para o inglês, assim como uma piada com o semi-famoso actor Don Johnson que apareceu nos nossos ecrãs nos anos '80 com Miami Vice.
Ora, e tudo começa com uma carta misteriosa que chega ao protagonista principal quando este ainda ou já (como preferires) se despede de mais uma mulher na sua vida (no caso: Julie Delpy).
A carta refere que um filho do protagonista (que ele até aí desconhecia a existência) o irá procurar na esperança de conhecer o pai.Espicaçado pelo jamaicano vizinho, que incute algum humor ao filme, e que tem manias que é Sherlock Holmes, "Don Johnston" (Bill Murray) empreende então uma grande viagem em busca das mulheres da sua vida na tentativa de descobrir quem será então a mulher deste seu primogénito.Isto é realmente algo de novo na rotina melancólica a que o personagem se tem reservado nos últimos tempos.Vemos "Don Johnston" na sua sofisticada e fria casa em constante "pasmaceira" sem fazer nada com a sua famosa expressão facial minimalista que nada dizendo, tudo transmite! Há poucos actores como ele ou que pelo menos se tem dedicado a isto como Bill Murray.Quão diferente ele está do Bill Murray-extrovertido e falastrão de "Ghostbusters" de 1985, e passaram-se 20 anos !
Então, caminhamos com Bill Murray pela América, com planos do retrovisor "galgando" alcatrão.Primeiro encontra Sharon Stone (ainda bonita) apesar de viúva vivendo sua vida bem com a sua provocante filha, depois Frances Conroy como uma bem-sucedida mas infeliz mulher casada sem filhos, adiante aparece Jessica Lange uma "lesb" com a tara de ser comunicadora de animais e por fim Tilda Swinton (de cabelo escuro,nem parece a mesma) como uma deslavada, agressiva e badalhoca que vive com 2 "hillbillies" ou "rednecks" como chamam na América.
Depois de finalizada a viagem (e de ter perguntado a todas se têm uma máquina de escrever-visto que a carta tinha sido escrita com uma LOL), Don reencontra-se com o seu vizinho o tal que lhe havia "burned" um CD para ouvir na viagem :) Chegam a nenhuma conclusão, porque cada uma supostamente teria dado uma indicação que podia ter sido qualquer uma delas a escrever a carta.
No fim Don encontra-se com um jovem na rua (quem ele pensa que poderá ser seu filho) e oferece-lhe uma refeição, fala com ele,tenta solucionar o seu "Puzzle" pessoal que o intriga.Mas quando a conversa se torna muito pessoal, o jovem foge.Don corre desesperadamente à procura dele para saber de uma vez por todas se aquele é ou não o seu filho.Por fim acaba por perdê-lo de vista, e fica isolado no meio da rua e ainda tem tempo de ver outro jovem e trocar um olhar, mas esse olhar deste jovem que passa num carro tem duplo sentido a meu ver: pois tanto pode ser o olhar de quem poderá ser efectivamente seu filho como pode ser o olhar de alguém que olha para Don com pena, pois Don tal como o derradeiro plano mostra é um homem só e perdido, resultado das suas aventuras "DonJuanescas" do passado.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

O outro setembro.


Para começar, devo dizer que o novo filme de S.Spielberg é realmente muito bom! O Steve depois do fiasco que foi "Guerra dos Mundos", redime-se neste novo trabalho.
"Munique" é muito agradável de seguir, e a sua longa duração mal se sente.Porque contém um bom ritmo, boas interpretações, bons planos.
Centrando-se na "vingança" israelita pós-Munique '72 e não no crime em si, Spielberg esforça-se por tentar ser imparcial.E se não o consegue, não anda muito longe disso.Conseguimos ver tanto lado normal e humano (que todos nós temos) dos terroristas que planearam o rapto como dos agentes da Mossad.Vê-se que eles têm as suas famílias, os seus problemas, as suas qualidades e defeitos como qualquer ser humano.
Discordo no entanto em pequenos pormenores do filme, nomeadamente: sobre esta suposta falta de profissionalismo, inépcia, falta de preparação por parte dos elementos da Mossad.Não creio que assim tenha sido e que muito menos ainda assim o seja, não nos esqueçamos a Mossad é só a melhor "secreta" do mundo! Fruto do rigor, inteligência e cultura que marcam o especial povo judaico.
Outro aspecto menos realista, foi o encontro entre os judeus encarregados da vingança com os palestinianos em Atenas, no quarto de ambas as facções.Como é que estariam lado a lado sem se terem apercebido donde vinham.Mas vá lá, até teve o seu de cómico quando apontando armas uns aos outros, os Hebreus assumem-se como elementos do ANC, ETA,...Compreendo que Spielberg quisesse criar cenas de convívio entre os 2 grupos, ainda mais com uma conversa que ocorre depois nessa mesma noite com os 2 líderes, esgrimindo opiniões sobre a questão israelo-árabe.
A banda sonora, mais uma vez a cargo do eterno amigo e colega de Spielberg: John Williams, é interessante, como normalmente marca o seu trabalho.Recorde-se que John Williams acaba de ser nomeado 2 vezes para edição deste ano dos Óscares e por conseguinte atinge a bele marca de 45 nomeações no seu currículo! É, realmente a meu ver , o melhor compositor juntamente com Hans Zimmer.O Spielberg deve-lhe muito do seu sucesso a Williams, lembram-se de grandes musicas como "ET" ou "Tubarão" !...
Quem também "pica o ponto" outra vez é Janusz Kazminzki, o cinematógrafo, recordo especialmente os planos no Chipre (?) quando Eric Bana está no mesmo hotel , no quarto ao lado doutro terrorista.As cores são muito eficazes.
E, como gosto de falar do "visual" propriamente dito, tenho que escrever que o melhor plano para mim é aquele em que nós vimos os buracos das balas na parede juntamente com respingos, é brutal , eu sei! Mas é esteticamente original e funciona como uma elipse de uma execução.E a melhor sequência? Sem dúvida a do atentado em Paris, na casa do embaixador, a emoção toma conta de nós, quando pensamos que a filha do árabe será morta pela bomba.Esta parte está muito bem filmada, montada e sonorizada.Puro cinema !
Eric Bana é um pouco inexpressivo, mas se calhar até neste filme "calha" bem, pois ele é um homem cada vez mais traumatizado com a dura e longa experiência deste trabalho penoso que o afasta da sua família.Finalmente vemos também, Daniel Craig, o novo Bond, que desempenha o papel do elemento mais agressivo e expressivo.Também entram Kassovitz (que também é realizador) e Geoffrey Rush.Estes actores com as suas diferentes personalidades comunicam-nos a ideia da diferença entre a unidade da causa judaica.Saliento a interpretação do francês Louis (Mathieu Amalric)
, membro daquela máfia francesa que fornece informação à Mossad.
No fim, Eric Bana já é um homem alterado, marcado ela "aventura", e que só quer viver a sua nova vida com a família em NY longe de Israel e da Mossad.
E como não podia deixar de ser, no último plano vimos as torres gémeas do WTC (ressuscitadas digitalmente) para homenagear o monumento e também para nos lembrar o que o terrorismo fez e faz.

segunda-feira, fevereiro 06, 2006


"No comments"

quarta-feira, janeiro 25, 2006

a 2ªa parte de um Puzzle...


Saw; definição de" puzzle", "serra", e "visto" ! Foi tudo isso.
O filme começa de uma maneira realmente impressionável, e admito que dei voltas na cadeira com as imagens que eram projectadas.Os espectadores mais sensíveis que fiquem avisados.Mas, foi o mote para o regresso do "JigSaw".O "mau-da-fita", quiçá o vilão mais meticuloso e sadicamente inteligente da história do cinema?!...
Filme de tons amarelo-esverdeados, com uma montagem talvez menos acelerada que o primeiro, mas não por essa razão que este filme é menor que o primeiro a meu ver.
O 1º filme, centrava-se em 2 vítimas, logo a tensão estava mais pesada em 2 pessoas, nesta sequela, os "jogadores" são 8.Por isso, a atenção dilui-se.E vão morrendo uns atrás de outros, não mantendo o suspense que o primeiro detinha.
Ainda assim, é um filme que vale pelo final, por algum "gore" e pela calma irritante que Tobin Bell (Jigsaw) disserta sobre as tuas teorias Neo-Darwinistas perante Donnie Wahlberg (o irmão de Marky "Mark").
É claro que tem a sua dose de implausibilidade, quando por exemplo: Eric, o agente, sai do edifício facilmente e rapidamente, juntamente com JigSaw, rumo à suposta casa "bigbrotheriana"!...
É no fundo, uma estória de um moralista sádico, ao contrário, de outros, este psicopata tem sempre um argumento moral para as suas acções malévolas.Ele gosta de jogar um jogo e castigar as pessoas por algo errado que tenham feito e também para se revoltar com a sua própria vida que está destinada a um fim eminente.Também, nos desperta para a questão de que o aparentamos ver, pode na realidade não o ser totalmente.Porque as pessoas e as "imagens" podem-nos enganar...

sábado, janeiro 21, 2006

O "alvo"






Olhem bem para este troglodita! É o presidente da Federação Portuguesa de Andebol, e nem vou-vos dizer o nome, porque ele nem merece!
É este, a cara vísivel do sistema que inviabiliza a participação do Madeira SAD na primeira parte do campeonato nacional de andebol feminino! Supostamente por competição desleal em termos de orçamento.Alguém proíbe as câmaras dos clubes continentais, de apoiarem quanto quiserem e como assim entenderem os respectivos clubes? Que eu saiba não.
Também não conheço nenhum país onde o HEPTAcampeão nacional é interdito de disputar uma fase legal do campeonato! Só mesmo neste belo cantinho chamado Portugal!
Nunca liguei muito a andebol, mas esta história mete "nojo"! A decisão é ilegal, ilegítima, inconstitucional !Tratando-se de uma clara afronta ao estatuto de portugueses que os madeirenses ostentam.Isto sim, um acto claro de má vontade, e mais lenha para a fogueira das reivindicações separatistas.Depois admirem-se, depois digam que os madeirenses são uns "chorões", uns exagerados!
O senhor secretário de Estado da Juventude e Desporto, assim como o ilustríssimo nosso Primeiro-Ministro, aquele que não governa e vai esquiar (mal, ainda por cima!), têm a sua quota de responsabilidade neste dossier.
Mas ainda o que é mais revoltante, é a praticamente a nula divulgação que este episódio teve na comunicação social nacional, aquela que está sempre pronta a noticiar "temas polémicos" vindos daquela ilha chamada Madeira...
Por isso meus caros , preparem as vossas "miras"...

Lembram-se daquele rapaz que correu, lutou, suou e chorou pela selecção no Mundial de 2002, que inclusive foi o melhor desse lote ? Lembram-se daquele jogador que habituou-nos com a sua rapidez, boa técnica, boa capacidade de cruzamento/passe a percorrer os flancos? Lembram-se daquele jogador que jogou em grandes clubes como FC Porto, Inter, Lazio? Lembram-se do exemplo que ele até é fora dos relvados? Eu não me esqueço.O nome dele é Sérgio Paulo Marceneiro Da Conceição! E, acaba de ser premiado com a "Bota de ouro" na Bélgica, o galardão que distingue o melhor jogador a evoluir naquele país.
Bem sei, que o futebol belga já não é o que era nos idos '80, onde tinha uma grande selecção (finalistas do Euro'80 e 4º lugar no México'86).Mas no entanto, não estamos a falar do campeonato de Andorra, e não deixa de ter o seu mérito.Até foi com alguma pena que vi o Sérgio sair do FCP, mas assim infelizmente aconteceu.
Agora eu pergunto, porque é que o sr.Scolari, não dá uma oportunidade ao Sérgio Conceição? Custa-lhe muito convocá-lo para um/dois jogos particulares? Mas já se sabe que do sr.Scolari, nunca virá tal "ousadia".Será que é por outras razões extra-futebol, será que é por directivas da FPF (não me estranhava nada!).
A selecção precisa de jogadores como o Sérgio, jogadores hoje em dia-raros! Futebolistas que tem a verdadeira paixão pelo jogo, dispostos a transpirar que nem um "porco", que sintam a camisola! Dêem uma oportunidade ao gajo,pá!


segunda-feira, janeiro 16, 2006

"Torê Kong!"


Como eu esperava, o novo "King Kong" não é um filme por aí além! Mas quando se tem um bilhete de graça e se é "bombardeado" com publicidade do filme, abalamos para a sala!
É realizado, por um director muito capaz e criativo-Peter Jackson, que bem melhor mostrava as suas capacidades quando disponha de meios económicos mais limitados.
Para já, não me agradou nada que o trailer contivesse cenas que não estão incluídas no filme, quanto a isso, à realizadores que concordam outros que não.Eu pessoalmente, discordo totalmente ,pois se o filme não contém cenas que havíamos visto no trailer, considero uma forma de publicidade enganosa.
Mas que se pode esperar de uma história de um gorila enorme e de uma loura? Penso que não se pode esperar muito.Também não é fácil adensar dramaticamente/psicologicamente uma "estória" entre uma bela e uma besta que não fala...Mas este era um velho sonho do realizador neo-zelandês.
O filme é demasiadamente longo.A reconstituição socio-histórica parece-me boa, a banda sonora não é grandiosa;não me interpretem mal, tecnicamente o filme está bem executado! O grande gorila está realista,mas mais quando está imóvel! Nota-se que estudaram bem os tiques e comportamentos dos gorilas.E, os olhos: estão expressivos!
Porquê tantos dinossauros no filme? Bem sei que era preciso acção, mas está em demasia.Será que Peter Jackson queria mostrar a Spielberg que também sabe filmar dinosssauros?!As sequências que apreciei mais foram as na urbe....O melhor plano do filme é quando Naomi Watts surge no meio da estrada em plena NY, um plano simétrico (com os carros em perspectiva) e algum fumo clássico mas que resulta.Os planos de NY, cheia de luzes e cores à noite também estão visualmente muito graciosos.
Jack Black está bem como o arrivista, realizador de filmes, Naomi Watts está bonita e lembra por vezes a fisionomia de Nicole Kidman, Brody está OK.O relacionamento entre o marinheiro Hayes (Ewan Parke) e Jimmy (Jamie Bell-o rapaz de "Billy Elliot") parece-me forçado e demasiadamente politicamente correcta.Curioso como a tripulação do barco parece nunca mais acabar, no princípio parecem poucos, mas com o decorrer do filme, vão aparecendo e morrendo continuamente.
No fim, Carl Denham (Jack Black) deparando-se com o enorme macaco morto em plena rua de NY, afirma: " a Beleza matou a besta".Na verdade, não foi, na verdade quem matou a besta foi o próprio Carl Denham com a sua imoral ambição.

segunda-feira, janeiro 09, 2006

o "nAvoeiro" do sr.Rupert Wainright!...


Ora bem, não posso dizer que tenha começado bem o meu ano cinéfilo! Decidi hoje dar um pulo no Forum e ver "The Fog", remake do filme de 1980 do singular John Carpenter (João Carpinteiro para os portugueses :)
O enredo até é simples, trata-se de um grupo de marinheiros do séc.XIX que tenta vingar-se dos antepassados dos actuais habitantes de uma pequena localidade, que lhes haviam traído num contrato de concessão da ilha e inclusive os terem morto.
O Carpenter até esteve envolvido nesta nova versão, mas a verdade é que não se notou nada do seu toque.Este filme é mais uma prova do que Hollywood anda a apostar: no mirabolante recurso de efeitos sem justificação prática.Mas até nesse ponto, nem posso dizer que tenha ficado impressionado, não vi "planos" fortes de estética de horror.O realizador usou e abusou do susto pelo susto, recorrendo a efeitos sonoros de decibel elevado para pregar "cagaços", mas a mim não me pregou!
Esta longa-metragem não tem um décimo do estilo, da envolvência, da primeira versão.A banda sonora está a milhas do minimalismo electrónico de Carpenter!
Nas representações, destaco pela negativa o actor principal: Tom Welling, canastrão! Pouco à vontade, não sabia se mexer.Ele que é o actor da série "Smallville", a qual passa na RTP, mas que nunca vi.
É caso para dizer, que o melhor do filme é o poster!

segunda-feira, janeiro 02, 2006

2006


Caros "surfistas" da Net,

É com muito gosto que hoje dou início ao meu novo Blog.Depois da experiência de 2004 no "Barceloca" e esporádicas participações no "Nazaontheweb" em 2005, por agora assento arraiais pelo blogspot.com.
Espero, acima de tudo que o meu blog provoque reflexão, se isso for alcançado, óptimo! Nesse caso já terei dado o meu contributo ao mundo "pensador".
Em princípio, vou dar primazia a temas como Cinema, Futebol e Arte, mas não descurarei dar "bitaites" sobre política, música entre outras temáticas...Será o que me der na "veneta", será também uma maneira de extravasar o que eu penso sobre o mundo, a vida.Não quero fazer parte daqueles que passam a vida caladinhos, "comendo e calando".Adoro a Internet por isso, pois é o único lugar realmente democrático, onde cada um pode "escarrar" o catarro que perspassa na nossa alma, mente!
Agradecerei imenso os vossos comentários, de qualquer pessoa, quer eu conheça ou não.
Temos pela frente 2006, não me vou por com aquelas lengas-lengas de Amor,Paz etc, etc... O que eu desejo realmente é que haja sabedoria, calma, sexo e saúde!